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Foto do escritorSilvio Kniess Mates

A Importância da Responsabilidade na Prática Terapêutica




Em muitos contextos terapêuticos, há uma tendência preocupante de culpar o cliente quando um tratamento não alcança os resultados esperados, frequentemente rotulando-o como autossabotador. Este é um grave equívoco. Quando um cliente manifesta comportamentos autossabotadores, cabe ao terapeuta estar preparado para auxiliá-lo a superar tais obstáculos. A responsabilidade não pode ser imputada ao cliente se o terapeuta não estiver adequadamente preparado.


Adoto um princípio inflexível em meus atendimentos: se algo não deu certo, é porque eu não fui suficientemente competente. Assim como, se um edifício desaba, o engenheiro responsável não demonstrou a competência necessária. Este raciocínio é simples e direto. O cliente deposita sua confiança em nós ao pagar pelos nossos serviços. Ele investe em nossa capacidade de ajudá-lo e, se ao final do processo não obtivermos resultados, não é justo transferir a culpa para o cliente alegando autossabotagem.


Não aceito essa postura. A responsabilidade pelo sucesso ou fracasso do tratamento é sempre minha. A culpa pode não ser diretamente minha, mas a responsabilidade é. Esta perspectiva de responsabilidade me impulsiona a buscar soluções para o que ainda não conheço. Em outras palavras, motiva-me a aprender continuamente até me tornar um especialista.


Adotar essa postura de autoresponsabilidade é crucial para o processo de educação contínua e melhoria na prática terapêutica. Os terapeutas devem incorporar uma atitude de aprendizado constante e aprimoramento contínuo para oferecer um atendimento cada vez melhor e mais eficaz aos seus clientes.


A responsabilidade pessoal na prática terapêutica não é apenas uma questão de ética profissional, mas também uma forma de respeito ao cliente e ao seu processo de cura. Ao assumir a responsabilidade pelo tratamento, o terapeuta se coloca em uma posição de humildade e abertura para o aprendizado, reconhecendo que a falha é uma oportunidade para crescimento e desenvolvimento profissional.


Portanto, é essencial que nós, terapeutas, adotemos uma abordagem de constante reflexão e aprimoramento de nossas práticas. Precisamos estar comprometidos em expandir nosso conhecimento e habilidades para melhor atender nossos clientes, garantindo que estamos sempre preparados para enfrentar os desafios que surgem durante o processo terapêutico.


Em resumo, a responsabilidade é um pilar fundamental para a prática terapêutica eficaz. Ao reconhecer nossa responsabilidade no sucesso ou fracasso dos tratamentos, nos colocamos em um caminho de crescimento contínuo, garantindo que estamos sempre aprimorando nossas capacidades e oferecendo o melhor cuidado possível aos nossos clientes. Sílvio Kniess Mates

Sílvio é um hipnólogo experiente com foco na mente humana e prática especializada em hipnose. Ele criou a Mentogenia para tratar a depressão tipo 2 e é conhecido por sua habilidade em guiar pessoas à realização pessoal. Saiba mais em https://www.silviomates.com. 

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