O TDAH, como aponta o Dr. Leon Eisenberg, considerado o "pai" do TDAH, foi descrito como uma "doença fictícia", uma invenção que serviu para justificar a prescrição massiva de medicamentos.
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem se tornado um fenômeno crescente, especialmente no mercado farmacêutico. Nos Estados Unidos, o faturamento com medicamentos para TDAH saltou de 40 milhões de dólares, vinte anos atrás, para impressionantes 10 bilhões atualmente. Este aumento exponencial se deve ao crescimento desenfreado do diagnóstico, uma tendência que agora está se espalhando para outros países, como a França.
O psiquiatra e psicanalista francês Patrick Landman, em seu livro "Todos Hiperativos?" (2015), alerta para os perigos de "patologizar" as emoções e comportamentos naturais, uma prática que se alinha com os interesses da indústria farmacêutica. Allen Frances, ex-coordenador do DSM-IV e crítico do DSM-V, compartilha dessa visão, denunciando a transformação de problemas comuns da infância em condições médicas que requerem tratamento medicamentoso.
Recentemente, na França, o TDAH tem sido discutido sob a influência de políticas governamentais e de laboratórios farmacêuticos, com foco quase exclusivo no tratamento medicamentoso, especialmente com o uso da Ritalina. Este remédio, derivado da anfetamina, tem sido amplamente prescrito, mesmo para crianças muito pequenas, o que levanta sérias preocupações sobre seus efeitos colaterais, como problemas cardiovasculares e atraso no crescimento.
O TDAH, como aponta o próprio Dr. Leon Eisenberg, considerado o "pai" do TDAH, foi descrito como uma "doença fictícia", uma invenção que serviu para justificar a prescrição massiva de medicamentos. O sucesso do mercado da Ritalina deve-se em grande parte a uma estratégia de marketing agressiva, que inclui a participação ativa de professores na identificação de possíveis casos de TDAH, tornando o diagnóstico cada vez mais banal.
Embora a Ritalina possa acalmar fisicamente as crianças, isso não significa que elas aceitem ou consintam com o tratamento. A sociedade, incluindo profissionais da saúde, educadores e pais, deve refletir sobre as verdadeiras necessidades das crianças e questionar até que ponto a medicalização é realmente a solução.
Fonte: https://bit.ly/3YDGU82 Sílvio Kniess Mates é hipnólogo e ajuda pessoas com depressão a se recuperarem, permitindo que voltem a ter uma vida mais feliz e plenamente integrada. Saiba mais em https://www.silviomates.com.
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